sábado, 25 de julho de 2009

Síntese conclusiva

A partir dos textos trabalhados, pude perceber que todos dão ênfase a várias possibilidades de alfabetização, não a única maneira como costuma agir a escola. Que prioriza uma única forma de alfabetizar esperando que os alunos se adéqüem ao modelo imposto.
Pensando nos textos que foram trabalhados postei também um vídeo que fala sobre a alfabetização não feita da maneira tradicional como ocorre frequentemente nas escolas, mas alfabetizando de forma crítica através das histórias infantis.Através desse recurso os alunos tem a oportunidade de participar, questionar e de se interessar pela aula pois qual é a criança que não gosta de ouvir histórias infantis? Creio que nenhuma. Considero esse ter sido o principal objetivo destes textos trabalhados em sala de aula, o de trabalhar a alfabetização nas séries iniciais através de diferentes gêneros textuais, e dentre eles, com histórias infantis.
No texto “Processos iniciais de leitura e escrita” de Rosineide Magalhães de Sousa mostra as estratégias que podem ser utilizadas numa classe de alfabetização como o uso de embalagens de produtos de limpeza, alimentícios para que os alunos se familiarizem já que esses produtos fazem parte do cotidiano deles.
A autora defende o uso de diversos gêneros textuais na sala de aula como jornais, revistas, rótulos de embalagens e ressalta a leitura que deve ser feita lentamente com a colaboração da turma para que eles identifiquem e correspondam o que está sendo falado com o que está escrito no quadro ou em um cartaz etc. Ainda defende a importância das histórias infantis e vários outros textos ou livros no contexto escolar.
O texto “A oralidade e escrita perspectivas para o ensino de língua materna” de Leonor Lopes Fávero, Maria Lúcia C. V. O. Andrade, Zilda G. O. Aquino mostram a relação entre a oralidade dos alunos e a sua escrita e também, como os professores devem levar em conta a linguagem que seus alunos trazem no seu ambiente familiar, social e que em hipótese nenhuma a sua fala deve ser ignorada pela escola.
O texto chama a atenção como nas séries iniciais é importante observarmos a fala dos alunos, pois ao escrever eles mantém as mesmas características quando eles se comunicam, ou seja, se o ambiente familiar, cultural e social em que a criança está inserida tiver pessoas que trocam a letra l pelo r como, brusa, framengo, fruminense ao invés da maneira correta de pronunciar a palavra blusa, flamengo, fluminense essa criança irá reproduzir a maneira que fala no ambiente escolar.
Cabe a escola interferir de maneira que não ofenda ou menospreze a oralidade do aluno, mas que amplie o seu conhecimento lingüístico a fim de incluí-lo no mundo letrado e forma culta da língua portuguesa.
O texto “Contextos de alfabetização na aula” de Ana Teberoski e Núria Ribera fala que os alunos estão cercados de informações escritas aonde quer que eles andem e que as crianças não chegam à escola desprovidas de conhecimentos já que essas informações estão presentes no próprio ambiente familiar, social e cultural. Sendo assim, a escola deve oferecer um ambiente alfabetizador através de atividades que levem os alunos a refletirem e a pensarem.
Uma dessas atividades estão a relação entre ações e objetos onde os alunos manipulam diferentes objetos de livros, gibis, jornais a fim deles se aproximarem e não se ater a ler este material mas de observá-lo primeiramente, olhar as figuras e assim ter uma maior proximidade com o objeto.
As outras atividades consistem dos alunos escutarem a leitura em voz alta pelos pais de um conto, história infantil entre outros; de escreverem em voz alta, ditando ao professor; de perguntar e receber respostas; de suas próprias ações de escrever; e de produzir textos longos.
O texto “Práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola: perspectiva sociolingüística” de Erik Jacobson mostra a possibilidade de múltiplas alfabetizações e chama a atenção dos cuidados que os professores devem ter em sala de aula em valorizar a oralidade dos alunos. Para isso o professor deve estar atento a turma onde leciona, pois cada aluno possui particularidades e bagagem cultural como a sua forma de pronunciar o idioma ou outros idiomas de origem e a escola deve ser um espaço onde há o respeito as diversas linguagens dos alunos.
Ou seja, as variações lingüísticas dos alunos não podem servir de artefato para o preconceito e a discriminação no ambiente escolar e cabe ao professor mediar essas situações em que o aluno pode se sentir inferiorizado e menosprezado por causa da sua maneira de se expressar.
O texto “Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem” de Emília Ferreiro e o texto “A construção do conhecimento sobre a escrita” de Ana Teberosky e Teresa Colomer mostram cada etapa que a criança percorre para escrever. Essas etapas devem ser levadas em consideração, pois o início da alfabetização deve ser marcado com a presença de vários gêneros textuais a fim de estimular a sua escrita.
Os textos demonstram que as crianças possuem várias hipóteses como a “hipótese da quantidade mínima” que a palavra para poder ser lida deve ter mais de 3 ou 4 letras e as letras não podem ser repetidas, senão não tem como ler. Por isso que o professor não pode ignorar os avanços que a criança alcança quando no início da alfabetização ela escreve o seu nome faltando algumas letras ou colocando a mais como se o aluno tivesse cometido um grave erro ao escrever dessa maneira.
Cabe ao professor instigar seus alunos para que eles consigam perceber o que está faltando ou sobrando na palavra que escreveu sem discriminá-lo ou reprimi-lo.
Assim, termino dizendo que aprendi e refleti muito ao ler cada texto, pois até então não conhecia as pesquisas de Ana Teberosky e Emília Ferreiro sobre alfabetização e outros teóricos. Esses textos foram de grande valia e espero que a minha prática escolar reflita tudo o que aprendi teoricamente na faculdade mesmo as circunstâncias no ambiente escolar não serem propícias.

Um comentário:

  1. Sua síntese está muito boa! Parabéns! Você apresentou todos os textos lidos e apontou os aspectos mais relevantes, organizando, assim, a caminhada realizada por você na disciplina.

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