sábado, 25 de julho de 2009

Emília Ferreiro e Ana Teberosky

A fim de complementar o que já está detalhadamente descritos nos dois textos,considerei importante postar este vídeo onde uma criança de 6 anos escreve palavras como é pedido pela professora ou a mãe e ela se baseia nos conhecimentos que já tinha adquirido sobre a escrita. Esse vídeo é interessante pois monstra as hipóteses que a criança já possuía internalizada no seu consciente a respeito da forma como se escreve as palavras como Emília Ferreiro e Ana Teberosky assinalam enfaticamente em suas pesquisas.
Os textos “Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem” de Emília Ferreiro e “ A construção do conhecimento sobre a escrita” de Ana Teberosky e Teresa Colomer se complementam pois os dois textos falam das hipóteses lingüísticas da criança em relação a escrita.
As crianças possuem algumas hipóteses pré-estabelecidas como, para escrever deve haver mais de duas letras se não dá para ler e as letras não podem se repetir na mesma palavra que é conhecida como a “hipótese da quantidade mínima”.
Pode-se perceber quando a criança inicia o seu processo de alfabetização que ela começa a representar a sua escrita através de bolinhas e pauzinhos que ela as denomina em letras e números. Ela também representa o plural das palavras através da repetição das letras como demonstra o exemplo no texto da Emília em que a criança escreve três vezes a palavra gatos de formas diferentes.
É importante frisar quando a criança evolui a sua concepção quando escreve seu próprio nome como o exemplo do texto de Ana Teberosky com a aluna Andréa que primeiramente formulou várias hipóteses de como é escrito o seu nome até conseguir finalmente escrevê-lo fazendo correspondência quantitativa e correspondência qualitativa.
Nesta fase cabe ao professor não estigmatizar o aluno quando olha a produção textual da criança, pois o que ela representou ao escrever é como está organizada a construção do seu conhecimento por isso o professor não pode tachar o que ela escreveu de “errado”, “não é assim que se escreve” e outras denominações que não ajudam o aluno a progredir no seu conhecimento.
A criança pode ser considerada na hipótese silábica quando não repete mais as sílabas e também não omiti as letras correspondendo a palavra que é falada com a palavra que é escrita.
Quando a criança começa a ler o que está escrito em objetos, embalagens e brinquedos ela entende que o que está escrito são os nomes dos objetos e gravuras e não, informações ou a marca de uma embalagem, por exemplo, na caixa de leite está escrito PARMALAT, mas a criança considera estar escrito LEITE.
Também percebemos que a criança no momento em que escreve uma frase, ela escreve tudo junto sem separações porque é assim que falamos sem pausas e tudo junto, por isso o aluno ao transcrever a fala escreve sem separações e para isso, o professor deve apresentar textos, poemas mostrando que a forma de escrever é diferente da forma de falar.
Na aula de Português esse texto da Emília Ferreiro foi dividido em pequenos trechos e foram separados para cada grupo trazer na próxima aula questionamentos e explicações sobre o texto. Foi interessante porque houve troca de opiniões e foram trazidos vários exemplos na aula que puderam confirmar as pesquisas de Emília Ferreiro quando propõe que crianças escrevem palavras ou o nome delas acima de 3 ou 4 letras. Ainda tivemos a oportunidade de saber o que significa tematização, um termo bem comum nas pesquisas de Piaget.
A partir dos dois textos trabalhados em aula pude entender que, o que as crianças tentam escrever não é errado são hipóteses que vão sendo construídos na ambiente escolar, familiar, social até por si próprias amadurecerem e, para que esse amadurecimento aconteça ele deve ser estimulado através de diversos gêneros textuais como livros de histórias infantis, revistas em quadrinhos, jornais, cartas, bilhetes, receita de bolo etc.
Por isso que nós, futuros educadores, devemos levar a sério os diversos escritos que a criança faz e estimulá-lo através de perguntas, questionamentos a fim deles refletirem e por si mesmos chegarem as próprias conclusões não de forma autoritária e obrigatória pelo educador mas de forma questionadora e intrigante que leve o aluno ao desequilíbrio na teoria de Piaget.

Um comentário:

  1. A síntese dos dois textos indicam que compreendeu os aspectos principais do processo de aquisiçao das habilidades de leitura e escrita pelas crianças. Além disso, você consegue fazer uma relação com a realidade.

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