sábado, 25 de julho de 2009

Avaliação formativa















Partindo do princípio que o computador faz parte do cotidiano das crianças hoje como retrata as imagens acima expostas onde crianças fazem uso do computador para brincar, navegar ou interagir na internet como em salas de bate-papo, MSN, orkut etc. Disso não tem como fugir, pois a realidade é favoravel pra quem conhece essas tecnologias.
Avalio o Blog como o processo de avaliação das aulas de TAE de Português I proposto pelo professor Ivan como assustador no primeiro momento e depois, como uma proposta inovadora e criativa.
Mas, por que assustador? Porque até então eu não tinha nenhum contato e nem conhecimento desta ferramenta da internet, na verdade, o meu relacionamento com o computador era superficial e prático somente para a digitação de trabalhos, para ver meus e-mails e de vez em quando o Orkut.
Então, por isso que eu me assustei porque eu não sabia mexer e nem criar um blog onde fossem postadas as reflexões das aulas de Português e nem manusear as ferramentas para postar vídeos, figuras, áudio etc.
No decorrer das aulas percebi o quanto é importante o professor saber manusear essas ferramentas tecnológicas porque os alunos são usuários dessas tecnologias ou possuem computador, celular, Mp3, Mp4 e assim sucessivamente, então o professor não pode ter esse tipo de resistência para aprender a usar essas tecnologias a favor do planejamento das suas aulas.
Hoje, a minha opinião é diferente e confesso que aprendi muito ao usar o Blog, mas reconheço que ainda tenho muito que aprender, pois não conheço nem a terça metade do que é um BLOG e as suas ferramentas. Entretanto, agora não sou uma completa ignorante sobre este assunto.
Então, considero a proposta da criação do BLOG ter sido importante para a minha formação de professor assim como os comentários tecidos pelo professor Ivan que dava oportunidade de acrescentar ou refazer alguma postagem que não tinha contemplado satisfatoriamente o assunto.
Em relação aos propósitos e descritores considero terem sido importantes para me orientar na formação do portfólio eletrônico e também percebi que avancei durante esse processo de construção do BLOG, pois eu não tinha noção de como poderia usá-lo. Também foi democrático ao poder elaborar o meu próprio propósito específico.
Espero que o Blog continue a fazer parte da minha vida profissional, pois conhecer essa ferramenta foi super-importante e como o mundo está em constantes mudanças e avanços é imprescindível estar sempre se atualizando porque esta ação faz parte da formação contínua do professor.

Síntese conclusiva

A partir dos textos trabalhados, pude perceber que todos dão ênfase a várias possibilidades de alfabetização, não a única maneira como costuma agir a escola. Que prioriza uma única forma de alfabetizar esperando que os alunos se adéqüem ao modelo imposto.
Pensando nos textos que foram trabalhados postei também um vídeo que fala sobre a alfabetização não feita da maneira tradicional como ocorre frequentemente nas escolas, mas alfabetizando de forma crítica através das histórias infantis.Através desse recurso os alunos tem a oportunidade de participar, questionar e de se interessar pela aula pois qual é a criança que não gosta de ouvir histórias infantis? Creio que nenhuma. Considero esse ter sido o principal objetivo destes textos trabalhados em sala de aula, o de trabalhar a alfabetização nas séries iniciais através de diferentes gêneros textuais, e dentre eles, com histórias infantis.
No texto “Processos iniciais de leitura e escrita” de Rosineide Magalhães de Sousa mostra as estratégias que podem ser utilizadas numa classe de alfabetização como o uso de embalagens de produtos de limpeza, alimentícios para que os alunos se familiarizem já que esses produtos fazem parte do cotidiano deles.
A autora defende o uso de diversos gêneros textuais na sala de aula como jornais, revistas, rótulos de embalagens e ressalta a leitura que deve ser feita lentamente com a colaboração da turma para que eles identifiquem e correspondam o que está sendo falado com o que está escrito no quadro ou em um cartaz etc. Ainda defende a importância das histórias infantis e vários outros textos ou livros no contexto escolar.
O texto “A oralidade e escrita perspectivas para o ensino de língua materna” de Leonor Lopes Fávero, Maria Lúcia C. V. O. Andrade, Zilda G. O. Aquino mostram a relação entre a oralidade dos alunos e a sua escrita e também, como os professores devem levar em conta a linguagem que seus alunos trazem no seu ambiente familiar, social e que em hipótese nenhuma a sua fala deve ser ignorada pela escola.
O texto chama a atenção como nas séries iniciais é importante observarmos a fala dos alunos, pois ao escrever eles mantém as mesmas características quando eles se comunicam, ou seja, se o ambiente familiar, cultural e social em que a criança está inserida tiver pessoas que trocam a letra l pelo r como, brusa, framengo, fruminense ao invés da maneira correta de pronunciar a palavra blusa, flamengo, fluminense essa criança irá reproduzir a maneira que fala no ambiente escolar.
Cabe a escola interferir de maneira que não ofenda ou menospreze a oralidade do aluno, mas que amplie o seu conhecimento lingüístico a fim de incluí-lo no mundo letrado e forma culta da língua portuguesa.
O texto “Contextos de alfabetização na aula” de Ana Teberoski e Núria Ribera fala que os alunos estão cercados de informações escritas aonde quer que eles andem e que as crianças não chegam à escola desprovidas de conhecimentos já que essas informações estão presentes no próprio ambiente familiar, social e cultural. Sendo assim, a escola deve oferecer um ambiente alfabetizador através de atividades que levem os alunos a refletirem e a pensarem.
Uma dessas atividades estão a relação entre ações e objetos onde os alunos manipulam diferentes objetos de livros, gibis, jornais a fim deles se aproximarem e não se ater a ler este material mas de observá-lo primeiramente, olhar as figuras e assim ter uma maior proximidade com o objeto.
As outras atividades consistem dos alunos escutarem a leitura em voz alta pelos pais de um conto, história infantil entre outros; de escreverem em voz alta, ditando ao professor; de perguntar e receber respostas; de suas próprias ações de escrever; e de produzir textos longos.
O texto “Práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola: perspectiva sociolingüística” de Erik Jacobson mostra a possibilidade de múltiplas alfabetizações e chama a atenção dos cuidados que os professores devem ter em sala de aula em valorizar a oralidade dos alunos. Para isso o professor deve estar atento a turma onde leciona, pois cada aluno possui particularidades e bagagem cultural como a sua forma de pronunciar o idioma ou outros idiomas de origem e a escola deve ser um espaço onde há o respeito as diversas linguagens dos alunos.
Ou seja, as variações lingüísticas dos alunos não podem servir de artefato para o preconceito e a discriminação no ambiente escolar e cabe ao professor mediar essas situações em que o aluno pode se sentir inferiorizado e menosprezado por causa da sua maneira de se expressar.
O texto “Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem” de Emília Ferreiro e o texto “A construção do conhecimento sobre a escrita” de Ana Teberosky e Teresa Colomer mostram cada etapa que a criança percorre para escrever. Essas etapas devem ser levadas em consideração, pois o início da alfabetização deve ser marcado com a presença de vários gêneros textuais a fim de estimular a sua escrita.
Os textos demonstram que as crianças possuem várias hipóteses como a “hipótese da quantidade mínima” que a palavra para poder ser lida deve ter mais de 3 ou 4 letras e as letras não podem ser repetidas, senão não tem como ler. Por isso que o professor não pode ignorar os avanços que a criança alcança quando no início da alfabetização ela escreve o seu nome faltando algumas letras ou colocando a mais como se o aluno tivesse cometido um grave erro ao escrever dessa maneira.
Cabe ao professor instigar seus alunos para que eles consigam perceber o que está faltando ou sobrando na palavra que escreveu sem discriminá-lo ou reprimi-lo.
Assim, termino dizendo que aprendi e refleti muito ao ler cada texto, pois até então não conhecia as pesquisas de Ana Teberosky e Emília Ferreiro sobre alfabetização e outros teóricos. Esses textos foram de grande valia e espero que a minha prática escolar reflita tudo o que aprendi teoricamente na faculdade mesmo as circunstâncias no ambiente escolar não serem propícias.

Emília Ferreiro e Ana Teberosky

A fim de complementar o que já está detalhadamente descritos nos dois textos,considerei importante postar este vídeo onde uma criança de 6 anos escreve palavras como é pedido pela professora ou a mãe e ela se baseia nos conhecimentos que já tinha adquirido sobre a escrita. Esse vídeo é interessante pois monstra as hipóteses que a criança já possuía internalizada no seu consciente a respeito da forma como se escreve as palavras como Emília Ferreiro e Ana Teberosky assinalam enfaticamente em suas pesquisas.
Os textos “Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem” de Emília Ferreiro e “ A construção do conhecimento sobre a escrita” de Ana Teberosky e Teresa Colomer se complementam pois os dois textos falam das hipóteses lingüísticas da criança em relação a escrita.
As crianças possuem algumas hipóteses pré-estabelecidas como, para escrever deve haver mais de duas letras se não dá para ler e as letras não podem se repetir na mesma palavra que é conhecida como a “hipótese da quantidade mínima”.
Pode-se perceber quando a criança inicia o seu processo de alfabetização que ela começa a representar a sua escrita através de bolinhas e pauzinhos que ela as denomina em letras e números. Ela também representa o plural das palavras através da repetição das letras como demonstra o exemplo no texto da Emília em que a criança escreve três vezes a palavra gatos de formas diferentes.
É importante frisar quando a criança evolui a sua concepção quando escreve seu próprio nome como o exemplo do texto de Ana Teberosky com a aluna Andréa que primeiramente formulou várias hipóteses de como é escrito o seu nome até conseguir finalmente escrevê-lo fazendo correspondência quantitativa e correspondência qualitativa.
Nesta fase cabe ao professor não estigmatizar o aluno quando olha a produção textual da criança, pois o que ela representou ao escrever é como está organizada a construção do seu conhecimento por isso o professor não pode tachar o que ela escreveu de “errado”, “não é assim que se escreve” e outras denominações que não ajudam o aluno a progredir no seu conhecimento.
A criança pode ser considerada na hipótese silábica quando não repete mais as sílabas e também não omiti as letras correspondendo a palavra que é falada com a palavra que é escrita.
Quando a criança começa a ler o que está escrito em objetos, embalagens e brinquedos ela entende que o que está escrito são os nomes dos objetos e gravuras e não, informações ou a marca de uma embalagem, por exemplo, na caixa de leite está escrito PARMALAT, mas a criança considera estar escrito LEITE.
Também percebemos que a criança no momento em que escreve uma frase, ela escreve tudo junto sem separações porque é assim que falamos sem pausas e tudo junto, por isso o aluno ao transcrever a fala escreve sem separações e para isso, o professor deve apresentar textos, poemas mostrando que a forma de escrever é diferente da forma de falar.
Na aula de Português esse texto da Emília Ferreiro foi dividido em pequenos trechos e foram separados para cada grupo trazer na próxima aula questionamentos e explicações sobre o texto. Foi interessante porque houve troca de opiniões e foram trazidos vários exemplos na aula que puderam confirmar as pesquisas de Emília Ferreiro quando propõe que crianças escrevem palavras ou o nome delas acima de 3 ou 4 letras. Ainda tivemos a oportunidade de saber o que significa tematização, um termo bem comum nas pesquisas de Piaget.
A partir dos dois textos trabalhados em aula pude entender que, o que as crianças tentam escrever não é errado são hipóteses que vão sendo construídos na ambiente escolar, familiar, social até por si próprias amadurecerem e, para que esse amadurecimento aconteça ele deve ser estimulado através de diversos gêneros textuais como livros de histórias infantis, revistas em quadrinhos, jornais, cartas, bilhetes, receita de bolo etc.
Por isso que nós, futuros educadores, devemos levar a sério os diversos escritos que a criança faz e estimulá-lo através de perguntas, questionamentos a fim deles refletirem e por si mesmos chegarem as próprias conclusões não de forma autoritária e obrigatória pelo educador mas de forma questionadora e intrigante que leve o aluno ao desequilíbrio na teoria de Piaget.

segunda-feira, 29 de junho de 2009






















Olá pessoal,
Quanto tempo que não nos comunicamos???!!!

Então para matar a saudade, vamos falar sobre os dois textos de Ana Teberoski e Marta S. etal, "Contextos de alfabetização na aula" e "Práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola: pespectiva sociolingüística".

Podemos ressaltar os aspectos mais importantes dos textos como trabalhar no contexto escolar com os mais variados tipos de materiais possíveis porque o momento em que a criança entra na escola, ela traz uma grande bagagem do meio social em que está incluída como família, igreja etc.

E, pensando nisso, devemos ampliar ainda mais o leque de conhecimentos que a criança traz do seu ambiente social que pode ser:

  • Através da manipulação de diversos objetos como livro, jornal ou carta;
  • Ao escutar a leitura em voz alta afim dese acrescentar novos e desconhecidos vocabulários para as crianças;
  • No momento em que o professor ocupa o lugar de escriba quando transcreve as idéias ou a história dosalunos no quadro pois "a partir de observar, participar no procedimento, perseguir propósitos e elaborar um texto de forma compartilhada, os meninos e meninas aprendem aspectosde linguagem escrita que não poderiam aprender com a simples cópia do resultado final" (Ana Teberoski e Núria Ribera, p.65)
  • Através de perguntas quando são oferecidas respostas por um tutor, nessa hora, pode-se usar como exemplo o nome dos próprios alunos paraensinar alguma letra;
  • Ao trabalhar a escrita em dupla de crianças pois as duas podem discutir sobre o problema para ambas chegarem a um acordo;
  • E, ao produzir textos longos.

O professor Ivan deu o exemplo da palavra muita falada atualmente que é a "gripe suína", que além de se aprender a escrever, também pode expandir o seu conhecimento como o que significa suíno? Da onde vem essa palavra? Além de outras perguntas que serve para profundar o assunto e eles se interessarem mais pelo assunto.

Todas essas descrições enumeradas são exemplos e formas de poder trabalhar de diversas maneiras no ambiente escolar na alfabetização.
Também devemos levar em conta a linguagem desses alunos pois a escola abriga uma grande multiplicidade de pessoas com diferentes comportamentos, pensamentos, culturas e linguagem e por isso, que é necessário pensar em "múltiplas alfabetizações" a fim de abranger crianças de providas de diferentes meios e lugares.

Na aula de TAE de Português, várias idéais e depoimentos foram mencionados como o contato que a criança tem com desenhos animados, computadores e vídeo-games e assim, incorporam uma gama de palavras novas estrangeiras que o pronunciam sem o menor problem, e somos nós, educadores que limitamos o universo da criança quando nãopercebemos o quanto elas são inteligentes, espertas e criativas para a prenderem coisas novas fora do contexto escolar.
Também foi mencionado o exemplo da fruta tangerina (assim chamada no Rio de Janeiro), pois em outras regiões do país são denominadas como bergamota (RS), pocã, laranja cravo e mexerica.
Com base nesses dois textos, foi feita umapequena entrevista com a professora Débora Luiz da Silva Lança que trabalha com a classe de alfabetização há 9 anos e fez Formação Normal também há 9 anos.
Nas suas aulas de alfabetização ela usa o livro paradidático, folhas mimeografadas, cartazes e rótulos de embalagens.
A sua maior dificuldade em trabalhar com a alfabetização é a falta de interesse dos pais e dos alunos "não são todos" e pouco recurso.
E os recursos que ela tem utilizado na aula são cartazes com palavras simples e figuras como as fotos ilustradas acima.
A turma que ela trabalha tem 12 alunos entre 5 a 6 anos numa instituição particular, e são oferecidas outras disciplinas como Religião, Ciências, Geografia e Matemática além de fazer uso do caderno de caligrafia. O que me chamou a atenção é que esses alunos já sabiam ler e escrever o que a professora passava no quadro.
E assim encerro ressaltando o que aprendi através desses textos pois eu não fazia idéia de como trabalhar com uma infinidade de materiais na alfabetização e, a valorizar o seu contexto social bem como a forma de se expressar que é a sua fala.
Em relação a entrevista concluo que ainda há muito o que mudar no ensino da alfabetização pois ainda continua sendo predominante a forma de alfabetizar atavés da soletração, aocontrário do que propõem os textos de Ana teberosky e Marta S. etal que permitem uma ampla diversidade de materiais e pensamentos no contexto escolar.
E assim me despeço e foi bom compartilhar os meus pensamentos com vocês!!!
Beijos!!!



































terça-feira, 16 de junho de 2009





Antes de começar a falar sobre a atividade conversacional e de seus elementos que o integram, gostaria de ilustrar com uma crônica de Carlos Drummond de Andrade chamado “Diálogo de todo dia” que se refere ao processo desencadeado pela conversa.

Diálogo de todo dia

__ Alô, quem fala?
__Ninguém. Quem fala é você quem está perguntando quem fala.
__Mas eu preciso saber com quem estou falando.
__E eu preciso saber antes a quem estou respondendo.
__Assim não dá. Me faz o obséquio de dizer quem fala?
__ Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.
__Isso eu sei, não precisava me dizer como novidade. Eu queria saber é quem está no aparelho.
__Ah, sim. No aparelho não está ninguém.
__Como não está, se você está me respondendo?
__Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelho não cabe ninguém.
__Engraçadinho. Então quem está ao aparelho?
__Agora melhorou. Estou eu, para servi-lo.
__Não parece. Se fosse para me servir, já teria dito quem está falando.
__Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, você de lá. E um não conhece o outro.
__Se eu conhecesse não estava perguntando.
__Você é muito perguntador. Note que eu não lhe perguntei nada.
__Nem tinha que perguntar. Pois se fui eu que telefonei.
__ Não perguntei e não vou perguntar. Pois se fui eu que telefonei.
__Não perguntei e não vou perguntar. Não estou interessado em conhecer outras pessoas.
__Mas podia estar interessado pelo menos em responder a quem telefonou.
__Pela última vez, cavalheiro, e em nome de Deus: quem fala?
__Pela última vez, e em nome da segurança, por que sou obrigado a dar esta informação a um desconhecido?
__Bolas!
__Bolas, digo eu. Bolas e carambolas. Por acaso você não pode dizer com quem deseja falar, para eu lhe responder se essa pessoa está ou não está aqui, mora ou não mora neste endereço? Vamos, diga de uma vez por todas: com quem deseja falar?
Silêncio.
__Vamos, diga: com quem deseja falar?
__Desculpe, a confusão é tanta que eu nem sei mais. Esqueci. Tchau.


O prof° Ivan no dia 12/05/09 passou uma atividade em dupla para que nós respondêssemos as questões referentes a oralidade e escrita como forma de lermos o texto e, segundo essas respostas e as discussões sobre o assunto, eu fiz algumas reflexões que serão descritas a seguir.
E, tomando a crônica como exemplo e o texto “Oralidade e escrita perspectivas para o ensino de língua materna de Leonor Lopes Fávero, Maria Lúcia C. V. O. Andrade e Zilda G. O. Aquino”, a atividade conversacional ocorre com a presença de pelo menos duas pessoas onde há um assunto em comum entre ambos. Ela acontece de forma organizada onde a uma sincronia de idéias, e não de forma aleatória, para que ambas as partes entendam o assunto e assim, aja uma interação. A atividade conversacional tanto pode ser baseada em perguntas e respostas (par adjacente) como também de digressões, onde há um desvio do assunto da conversa, e ela envolve vários aspectos do cotidiano da pessoa como a sua cultura, pensamento, etc. No ato da conversa também a coesão e a coerência devem ser um dos elementos para que o diálogo flua de forma satisfatória e compreensiva. Além disso, existem três elementos fundamentais que caracterizam a atividade conversacional que são: a realização (produção), interação e organização (ordem), ou seja, primeiro existe o processo constante de realizar conjuntamente com a interação e, a partir da interação é que há a transformação ou a construção de diversas possibilidades até finalmente chegar numa produção de texto organizado, que é a conclusão de todo o processo do discurso conversacional.
Dentro da atividade conversacional, existem variáveis que são descrito segundo Ventola como tópico e assunto, que consistem num canal de relacionamento na qual é de suma importância para o desenvolvimento social e de interação entre os sujeitos. O segundo é o tipo de situação, pois é de acordo com cada ambiente ou situação que se estabelece uma conversação entre os indivíduos abrangendo atividades verbais e não-verbais. O terceiro são os papéis dos participantes pois de acordo com cada ambiente é que podemos nos comportar quanto ao lugar ou meio que nos encontramos, e isso é um fator fundamental porque interfere diretamente no papel que iremos assumir. O quarto é o modo do discurso onde pode ser distinguido em que meio social pede-se uma conversa informal ou um local onde pede-se um posicionamento formal. E, por último, é o meio que vai se utilizar para transmitir uma mensagem podendo ser de diversas formas como oral, por telefone, num diálogo etc.
Para se identificar um texto falado, ele possui algumas características como: a interação entre pelo menos dois falantes, ou seja, para o início de uma conversação é necessária a presença de no mínimo dois indivíduos; ocorrência de pelo menos uma troca de falantes, isto é, na conversação acontece uma troca de experiências que pode ser com diferentes pessoas; presença de uma seqüência de ações coordenadas que são sucessões de acontecimentos que decorrem durante um diálogo; execução num determinado tempo, que pode variar entre um tempo curto ou tempo longo; envolvimento numa interação centrada que acontece quando duas pessoas estão conversando, elas passam a ter um envolvimento na medida que o diálogo avança ou prossegue.
Também é importante saber em que nível a fala se estrutura, pois existe o nível local que se caracteriza pela conversação entre dois ou mais componentes onde se respeita o momento de cada um de se pronunciar estabelecendo uma interação que enquanto um fala, o(s) outro(s) pode(m) concordar, discordar, acrescentar etc. E o nível global que se caracteriza concomitante a organização local, vale ressaltar que durante a conversa o assunto pode tomar diferentes rumos havendo digressões mas, ao ser percebido esse desvio de conversa, a pessoa retoma ao assunto principal, conclui-se então, que a conversa deve ser feita de forma em que o assunto principal não perca o seu foco e continue de maneira organizada até alcançar o seu desfecho.
O texto escrito para ser coerente precisa ser um texto com recurso coesivo que pode ser uma coesão referencial que pode ser caracterizada pelo excessivo uso da repetição para expressar uma idéia ou situação que serve para tornar o texto de melhor compreensão. A coesão recorrencial pode ser entendida como o uso da paráfrase, que é a substituição de uma palavra sem assim, alterar o seu sentido original. Serve par exemplificar melhor o sentido do termo utilizado e a coesão seqüencial que é usado [a] para dar prosseguimento ou continuidade de uma determinada idéia através do uso de conectores.
É importante mencionar sobre os quatro elementos que estruturam o texto falado que são o turno que pode ser especificado como a relação entre dois ou mais interlocutores que enquanto se comunicam, podem exercer dois papéis que é o de falante e o de ouvinte, que se alternam entre expressões curtas e informações no diálogo. Durante o turno ocorrem vários fatores descritos por Sacks, Scheglof & Jefferson onde cada um tem a sua vez de se expressar; onde a troca de falantes pode acontecer durante o diálogo; pode acontecer que mais de uma pessoa fale ao mesmo tempo, mas isso ocorre ocasionalmente, e não, sempre; a conversa pode acontecer sem interrupções, se interligando entre si; não há um número específico de ocasiões para que o turno aconteça, tampouco o seu tamanho e extensão; a conversa acontece de forma livre sem obedecer a regras pré-determinadas; o turno pode ser dividido de forma flexível; não há restrições quanto ao número de participantes no diálogo; a fala acontece de maneira interligada ou não; os turnos ocorrem segundo as técnicas de atribuição; diversas classes de palavras são utilizadas para constituir uma conversação; e, por último, podem ser feitas várias objeções afim de “consertar” alguma falha no decorrer da conversa.
O tópico discursivo que é determinado pela variedade de assuntos que podem ser abordados mesmo se esses assuntos não estiverem correlacionados. Possuem as seguintes propriedades como centração que é manter o foco no assunto principal, é através desse assunto que irá desencadear outros tópicos referentes ao assunto principal. A organicidade que é dividida em seqüencial (distribuição linear ou horizontal) e hierárquica (distribuição vertical), ou seja, elas obedecem a uma determinada ordem. E, delimitação local onde há o início de uma conversa, há o meio e o fim dela onde há a presença de variadas expressões para marcar bem estas devidas etapas.
Os marcadores conversacionais que são entendidos como todo o termo incluído numa conversa seja expressões curtas ou longas, informações, interjeições etc. Eles são divididos em quatro grupos sendo o 1° marcador simples onde é representada por apenas uma palavra podendo pertencer a qualquer classe gramatical; o 2° é marcador composto é definido como um conjunto de palavras que se complementam para dar um sentido maior na fala; o 3° é o marcador oracional é representado pela introdução de pequenas orações que podem exprimir dúvidas, certezas, emoções e etc; e o 4° é marcador prosódico onde é levada em consideração a emoção seja através do silêncio, seja através do tom da voz e etc.
E, por último, o par adjacente que corresponde a cada pergunta – resposta, onde são desenvolvidos inumeráveis assuntos que podem se relacionar, ou mudadas dependendo dos tópicos. Eles são divididos em:

a) Introdução de tópicos onde a pergunta é o primeiro passo para o início de uma conversação;
b) Continuidade de tópico é a relação que tem entre a pergunta e resposta para se estabelecer um entendimento sobre o assunto da conversa que pode ser uma explicação de alguma informação por exemplo.
c) Redirecionamento do tópico é quando se faz necessário interferir no meio da conversação para voltar ao assunto principal através de uma pergunta.
d) Mudança de tópico ocorre quando uma conversa está saturada referente ao seu assunto, sendo necessário introduzir outro tipo de assunto para que a conversa dê prosseguimento.

Através dessa atividade pude perceber a importância que tem o professor em saber esses conceitos sobre a oralidade para que haja uma comunicação entre o professor e o aluno e, além disso, através desse instrumento, possa descobrir as deficiências e as potencialidades do aluno pois o fundamental é que todos que estão na sala de aula alcancem o conhecimento e não, apenas um grupo seleto. Por isso que saber se expressar e se comunicar é importante para que as informações não sofram os desvios e se percam sem antes trazer um resultado no cotidiano escolar.
No início dessa atividade encontrei dificuldades, pois achei o texto complexo, mas achei importante conhecer os conceitos que regem a língua oral e escrita para que na sala de aula haja um entendimento entre ambas as partes e assim, possam construir coletivamente o conhecimento paulatinamente.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Olá pessoal,
Na última terça-feira (02/06/09), tivemos a continuação da aula com base no texto de Ana Teberoski e Núria Ribera "Contextos de alfabetização na aula". Foi muito proveitoso e significativo pois, a alfabetização deve ser incentivada e inserida no contexto escolar provocando nos alunos a reflexão e o conhecimento. Através de questionamentos instigantes que fazem parte do cotidiano da criança como, não só palavras de fácil apreensão, mas também palavras complexas para que a criança tenha um repertório lingüístico amplo. E cabe a nós professores, incentivar e servir como ponte para que essa aprendizagem seja significativa e traga o crescimento cognitivo.
O texto apresenta várias opções para trabalhar a alfabetização nas séries iniciais como:

  • trabalhar com textos longos com a turma;
  • incentivar as atividades em dupla com os próprios colegas em classe para que eles próprios cheguem a um consenso;
  • inserir vários vocabulários para que a criança entre em contato com a cultura letrada;
  • enfatizar o uso de variados gêneros lingüísticos como livros, poema, reportagens a fim de criar um ambiente alfabetizador.
Uma importante observação apresentado pelo texto é a riqueza vocabular que deixamos de adquirir quando deixamos os livros de lado para dar prioridade aos programas de entretenimentos como televisão etc. São através dos livros e no uso deles que adquirimos novos conhecimentos vocabular, o que é uma fonte inesgotável de informações não só para as crianças, mas também, para nós educadores.
Durante a aula, foram levantados vários aspectos sobre alfabetizar em diferentes contextos como em casa, na rua etc.
E assim, vamos em busca de mais conhecimento e livros para o enriquecimento da nossa aula!!!!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Atividade de leitura

Boa tarde amigas(os),
Com base no texto "Processos iniciais de leitura e escrita" de Rosineide Magalhães de Rosa, o professor ao planejar a sua aula, deve levar em consideração, que habilidades ele pretende desenvolver nos seus alunos em relação ao hábito da leitura. Pensando nisso, o meu grupo de trabalho organizou as atividades com base nos seguintes objetivos como:
  • desenvolver habilidades lingüísticas e cognitivas;
  • desenvolver a compreensão na leitura;
  • desenvolver a interpretação;
  • desenvolver a memorização
  • comparar textos novos com textos já conhecidos;
  • perceber os sons da língua;
  • distingüir a pronúncia de alguns sons da língua, tais como: t/d, f/v, p/b, q/g que são muito parecidos;
  • estimular apronúncia clara dos sons;
  • reconhecer a ortografia das palavras.

Com base nos objetivos, a 1° atividade tem como finalidade apresentar os termos que possuem um maior grau de dificuldade para os alunos, afim de familiarizá-los a um universo mais amplo da leitura e escrita, e também, dando a oportunidade para que eles se sintam livres para aprender as palavras ou termos que quiserem sem ter essa preocupação do professor de que essa palavra não pode "porque é difícil para uma criança de 6 anos".

1° atividade
Relacionar palavras de acordo com a figura, ou seja, a partir da palavra dada ela deverá desenhar, para poder compreender melhor o que viu (letras) ao desenhar.
Exemplo:
Casa, carro, bicicleta, computador... (essa atividade não se restringe a usar palvras de fácil memorização, mas sim de usar tantos palavras fáceis e outas mais complexas)
Na segunda atividade, serão tabalhadas letras que dependendo da palavra, sua entonação passa a ser mais aguda ou mais grave e também anasalada, para que o aluno saiba distingüir as diferentes formas de pronunciar as palavras respeitando a sua entonação e, conseqüentemente, para entender o sentido que aquela palavra exprime.
2° atividade
demonstrar as diferentes pronúncias das mesmas letras que são representadas de maneira igual, mas o que diferenciam-no são a sua acentuação, e por isso, a sua pronúncia fica diferente.
Exemplo:
O ó e o ô binóculo, obscuro (esse o de obscuro é pronunciado com a entonação mais grave)
O á e o ã, maçã, água... (essas palvras serão trabalhadas inseridas em um contexto e não isoladamente)
E assim, nós pretendemos familiarizá-la com a leitura entendendo o processo que estão envolvidos como os fonemas e as suas representações para rever a nossa prática como professor que não aliena ou reproduz o que já está dito mas constrói junto com seus alunos uma visão mais abrangente de ler e escrever.